sexta-feira, 6 de maio de 2011

Rede de Telemedicina chega a um milhão de exames em 2011

No mês de abril de 2011, o Sistema Catarinense de Telemedicina e Telessaúde atingiu o total de um milhão de exames realizados. A tecnologia catarinense é a maior e mais avançada Rede Pública de Telemedicina do Hemisfério Sul e já está disponível em quase 100% dos municípios do Estado. São 287 cidades, de um total de 293, beneficiadas pelo Sistema. Estes serviços vão desde laudos a distância de eletrocardiogramas, até o acesso a exames de análises clínicas e de alta complexidade, como tomografia e ressonância magnética.


O Sistema de Telemedicina é uma rede estadual baseada numa infraestrutura tecnológica especialmente criada para oferecer de maneira ágil e distribuída serviços de atenção à saúde no contexto do SUS. Os exames, realizados em qualquer cidade catarinense cadastrada no sistema, são imediatamente disponibilizados para serem analisados por especialistas, sem limitação geográfica. Logo após o laudo, o resultado pode ser visualizado pelo médico e pelo próprio paciente na cidade de origem. Dessa forma, além de diminuir o tempo de acesso aos laudos, a Telemedicina possibilita a redução do custo desses exames e evita viagens desnecessárias. Se tomarmos apenas os eletrocardiogramas digitais realizados até janeiro de 2011, estima-se que os pacientes atendidos tenham deixado de viajar mais de 13 milhões de Km.

O Sistema Catarinense de Telemedicina começou em 2005, através de uma parceria entre a Secretaria do Estado da Saúde e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O primeiro eletrocardiograma digital foi instalado na cidade de Quilombo, gerando o primeiro diagnóstico a distância através da Rede. A infraestrutura tecnológica foi desenvolvida na íntegra em Santa Catarina pelo Instituto Nacional para a Convergência Digital (INCoD), parte do Departamento de Informática e Estatística, do Centro Tecnológico da UFSC. Essa tecnologia é toda baseada em software livre, sem dependência de nenhum tipo de produto comercial, totalmente integrada aos processos do SUS e passível de ser adaptada e estendida de acordo com as necessidades do Gestor de Saúde.

A partir daí, hospitais públicos foram gradualmente incorporados à Rede. O encaminhamento de soluções para diferentes problemas médicos, através do suporte a distância para resultados de exames de alta complexidade nos hospitais, trouxe grandes avanços para a saúde pública. “Eu uso a Telemedicina diariamente, de manhã, de tarde, de noite e de madrugada. Não só para os exames de rotina no Hospital Regional de São José, como para pacientes internados e de emergência. E nos sobreavisos e plantões a gente usa em casa, tendo acesso direto aos exames que são feitos no hospital, e de imediato já posso dar o laudo”, conta o médico neurorradiologista Daniel Chaves. Hoje já são treze hospitais integrados à rede.

Outra conquista importante foi a integração à Telemedicina do laboratório central de análises clínicas, o LACEN, o que aconteceu em março de 2008. Antes, os laudos eram feitos em Florianópolis e enviados pelo correio para as cidades do interior do estado. Agora, as vigilâncias epidemiológicas de cada município têm acesso aos laudos via sistema. Dessa forma, os resultados chegam muito mais rapidamente à mão do paciente. Se antes os profissionais de saúde no estado esperavam, em média, mais de um mês para ter acesso a um exame enviado, hoje aguardam no máximo duas semanas.

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